Conteúdo formativo Evolution Teacher Talks Podcast Professor

PODCAST ENGLISH TEACHER TALKS DEBATE O NOVO ENSINO MÉDIO E OS ITINERÁRIOS

Por FTD Educação

Estimativa de leitura: 39min 42seg

8 de abril de 2022

O Evolution Teacher Talks, podcast que debate temas relevantes do mundo escolar, voltou com tudo em sua 3ª temporada. No primeiro episódio, nosso host Gabriel Falk contou com a presença da editora da FTD Educação Carol Nyerges. O assunto? O Novo Ensino Médio e os Itinerários educativos. 

E fica a dica: vale a pena ouvir durante o caminho para o trabalho, dando uma geral na casa ou mesmo durante os exercícios físicos, assim, você otimiza o seu tempo e ainda absorve muito conteúdo. 

Escolha o seu tocador favorito e dê o play! 

Abaixo, você tem a transcrição da conversa. 

Bom podcast! 

Transcrição Evolution Teacher Talks Episódio 1 – 3ª Temporada

[Música] 
Gabriel Falk: Oi, ouvintes! Eu sou o Gabriel Falk, sejam bem-vindos ao primeiro episódio da terceira temporada do Evolution Teacher Talks, um podcast da StandFor, o selo de língua inglesa da FTD Educação. Todo programa, eu convido professores e profissionais do ensino e aprendizagem de idiomas, e hoje a gente vai conversar com a Carol Nyerges sobre o Novo Ensino Médio, que entra em vigor agora, em 2022. Muita coisa muda a partir deste ano; o modelo de aprendizagem por áreas de conhecimento cria uma nova dinâmica, que não olha apenas pro ensino regular, mas também para uma formação mais técnica e profissional. Mas afinal de contas, o que é que mudou com a entrada do Novo Ensino Médio? O que que deve ser colocado em prática ainda este ano? O que são os itinerários e para que eles servem? Bom, nesse episódio a gente conversou com a Carol sobre todas as mudanças que estão acontecendo e o que os pais, alunos e professores devem esperar daqui para frente. Eu vou te apresentar a Carol, e logo a gente começa o nosso bate-papo. A Carol Nyerges é bacharel e licenciada em Letras Português-Inglês, tem pós-graduação em gestão escolar, é professora de inglês em escolas públicas e privadas, e escolas de idiomas por 15 anos. É coordenadora pedagógica, autora e editora de materiais didáticos de inglês.  
[Música] 
Gabriel Falk: Oi, Carol, muito obrigado por topar o nosso convite. Como é que você tá?  
Carol Nyerges: Oi, Gabriel, tudo bem? Por aqui tudo certo, e eu gostaria de agradecer o convite pra participar desse podcast, dizer que eu estou muito contente de poder compartilhar um pouquinho aí do que se sabe sobre os itinerários aí do Ensino Médio. Muito obrigada pelo convite.  
Gabriel Falk: Carol, é um prazer ter você aqui com a gente, e olha, eu quero aprender muito contigo sobre o que que muda com a entrada do Novo Ensino Médio, mas eu acho que antes de a gente falar sobre isso, Carol, eu queria um contexto para os nossos ouvintes e também, né, para mim mesmo, o que motivou essa mudança da estrutura curricular do Ensino Médio?  
Carol Nyerges: Bom, Gabriel, essa é uma história bem longa, né, inclusive, quem quiser conhecer a história completa, pode acessar, lá no site da Base, existe uma página que fala sobre esse histórico, né. Foram discussões que foram acontecendo ao longo dos últimos mais de 15 anos, em que os pesquisadores que trabalham no MEC vinham discutindo realmente com as escolas, com os professores, né, analisando e pesquisando o que precisaria mudar na educação. Essas mudanças, elas são motivadas pela mudança do tempo, mesmo, né, pela característica dos alunos, pela chegada de novas tecnologias, e a educação precisa ir se adaptando a isso. Então, as mudanças do Ensino Médio, apesar de parecer que elas aconteceram de um ano para o outro, isso foi um processo longo de discussões. Começa, na verdade, com a criação, a elaboração, né, da BNCC, que foi, num primeiro momento, escrita para o Ensino Fundamental, Fundamental 1 e 2, depois para Educação Infantil e o Ensino Médio ficou por último, porque ainda havia muitas incertezas, né, assim, do que exatamente era necessário modificar, não só em termos de conteúdo, mas em termos de formato mesmo. (GF: uhum) Então, depois da publicação, né, da Base do Ensino Fundamental 2, houve uma nova organização do MEC para discutir com os professores com, enfim, a parte do governo, pessoas que trabalham na educação (GF: uhum), o que precisava ser modificado para o Ensino Médio para atender essa necessidade dos estudantes, que saem do Ensino Médio para o mercado de trabalho, né. Então, quem era esse aluno, quais são as necessidades de um aluno que sai do Ensino Médio e vai direto para o mundo do trabalho, o mercado de trabalho, que é a realidade de muitos estudantes no Brasil, e também pra queles que saem, né, do Ensino Médio e que vão para o Ensino Superior. Que são duas necessidades diferentes, né, e que se sentia que talvez o Ensino Médio que existia não contribuía para essas duas vertentes, né, talvez estivesse mais focado nessa questão da formação que leva o aluno para o Ensino Superior, porém não a que leva o aluno para o mercado.  
Gabriel Falk: E é muito interessante, Carol, pensar nesse contexto todo, porque, realmente, você tomar uma decisão que impacta não só os alunos da Carol, e não só os alunos que, por exemplo, que usam o material didático da FTD, mas a gente está falando em um conceito nacional, a gente tá olhando pra algo muito amplo. E entendendo todo esse contexto, e brigado por mostrar um pouco dessa linha do tempo de uma forma super condensada, né, para nossos ouvintes entenderem de onde originou essas principais mudanças, agora eu queria falar sobre essas mudanças em si. O que muda efetivamente com o Novo Ensino Médio? Porque eu acho que o impactado não é só o aluno, mas também impacta pai, impacta o colégio, o professor, então, eu queria estacionar um pouquinho o nosso bonde aqui nessa parte do episódio e entender: Carol, o que que efetivamente muda com a entrada do Novo Ensino Médio?  
Carol Nyerges: Então, o Novo Ensino Médio, ele, vamos dizer, torna-se oficial, né, a partir da publicação da BNCC em 2018. Esse documento, ele orienta as escolas sobre o que deve ser ensinado. Eu estou falando de uma forma bem didática, para que alunos, professores, pais, né, possam entender do que a gente tá falando. Então, a publicação da BNCC, que é a Base Nacional Comum Curricular, ela não impacta apenas os alunos e os professores. Ela impacta um âmbito muito maior, que inclui as famílias, que inclui exames, né, de universidades para ingresso dos alunos, inclusive bolsas, como o Sisu [Prouni], ou qualquer uma dessas, que o aluno possa pleitear para ter isenção da mensalidade, né, ou um desconto. 
Gabriel Falk: E por onde você acha que é o melhor caminho para gente começar a falar, já que muda tanto? Qual que a gente vai escolher para falar primeiro? 
Carol Nyerges: Acho que aqui, como a gente está falando com professores, né, a gente pode dizer o que muda dentro da escola e impacta diretamente o professor. Então, com essa promulgação, né, em dezembro de 2018, o MEC então determina que o Ensino Médio deverá ter uma nova estrutura. Então, ele muda, tanto em relação à carga horária, né, ele aumenta a carga horária, e faz uma divisão dessas horas. Então, uma boa parte, a maior parte, está ali dentro da formação geral básica, que é o quê? São as disciplinas que já existiam, antes, mesmo, no currículo, né. O Português, a Matemática, a Geografia, a História, a Língua Estrangeira, que no caso ainda continua sendo obrigatório o Inglês, porém já há um questionamento em relação a outras línguas, né, estarem de volta no Ensino Médio, então esse conjunto, né, das disciplinas que já existiam, formam o que se nomeia de formação geral básica, tá? Numa proporção muito menor do que existia, porque, no currículo anterior, nós tínhamos Português e Matemática com cargas horárias bem altas, e aí as outras disciplinas tinham ali suas cargas, que eram menores que Português e Matemática. Nesse momento, as disciplinas obrigatórias dentro da formação geral básica são apenas três: Português, Matemática e Inglês, sendo que a Língua Estrangeira, ela não é obrigatória nos três anos do Ensino Médio, então a escola pode optar por oferecer somente no primeiro ano, ou dividir essa carga horária nos três anos, ou em dois, da forma que for melhor para a escola, de acordo com a jornada, de acordo, enfim, com o profissional que ele tem, com as necessidades daquela comunidade escolar. A primeira mudança é em relação a isso, né, eu dividi em dois. Qual é a segunda parte que compõe, então, o programa, né? São os itinerários formativos, que é exatamente o assunto aqui da nossa conversa hoje. A diferença maior, né, desses itinerários, é que são disciplinas também, porém eletivas. Isso quer dizer que a escola vai oferecer, vai ofertar algumas opções para os alunos, que vão escolher aquelas com as quais eles têm mais afinidades, seja pela profissão que eles pretendem seguir no futuro, seja por interesses mesmo pessoais, não há muitos critérios em relação a isso, tá? A escolha é realmente do aluno. Quanto a como as escolas determinam né quais são essas disciplinas, aí existe uma portaria, também de 2018, a Portaria [MEC] n.º 1.432, de 28 de dezembro de 2018, que define aí quais são os critérios que as escolas devem considerar ao fazer propostas de itinerários formativos para os seus estudantes. Então, de modo geral, as escolas particulares em especial têm uma certa liberdade em relação a isso. As escolas públicas também têm certa liberdade, porém com algumas restrições, né, que são características de redes muito grandes.  
Gabriel Falk: Claro. E uma coisa que eu achei muito interessante nessa tua fala, e até pra gente recapitular, eu brinco que é “resumir em um tweet” aqui, um ponto do que você falou é que nessa reformulação, então, a gente não vai só olhar para aquela estrutura muito mais tradicional que a gente tinha, então parte da carga horária vai ficar para aqueles pontos obrigatórios que você mencionou, e parte dessa carga horária vai ficar para disciplinas eletivas, que o aluno vai ter poder de escolha, e aí o que eu fico pensando é: Ensino Médio, Ensino Médio são três anos. O Novo Ensino Médio impacta todos eles, ou apenas um? Como é que isso funciona?  
Carol Nyerges: Gabriel, funciona assim: toda lei que entra em vigor, ela tem que dar um prazo para que as escolas se adaptem, então, apesar de a lei ter sido promulgada em 2018, as escolas tiveram quatro anos pra se adaptar, tá, então, entre 2019 e o início de 2022, houve o tempo para que as redes e as escolas particulares se preparassem para essa implantação do Ensino Médio. A lei dizia que, a partir do ano de 2022, se tornaria obrigatório que os alunos do primeiro ano do Ensino Médio se adequassem a este novo programa. No entanto algumas escolas já iniciaram essa transformação, essa mudança, no ano anterior, porque era um prazo máximo de quatro anos, porém a escola poderia já antecipar essa mudança. O que se sabe, né, pelas nossas conversas aí com professores, com funcionários das redes públicas e das redes municipais e estaduais, é que as escolas deixaram, realmente, para o ano de 2022 por conta das incertezas, né, as editoras não sabiam muito bem como é que esses itinerários deveriam ser, então não havia material no mercado disponível pra isso, e as escolas precisavam de mais orientações do MEC também, né, como são esses itinerários, qual é a carga horária, o que pode, o que não pode, como é que vamos oferecer isso pros alunos, quem são esses professores, né. Uma coisa importante, também, que a nova lei do Ensino Médio traz, é que diferente do modelo anterior, em que para se lecionar no Ensino Médio era necessário ser um professor graduado, né, bacharel e licenciado em uma disciplina, né, Letras, ou Matemática, Ciências Biológicas, enfim, agora é possível contratar professores com notório saber para lecionar, então, as disciplinas eletivas, que são essas dos itinerários formativos. Só para deixar aqui a explicação, notório saber é qualquer profissional que tenha conhecimento de um determinado assunto, mas que não necessariamente seja um professor. Um exemplo, vamos supor que haja um advogado, então conhece muito de leis, e que uma escola optou por fazer um itinerário que siga um pouco nesta linha, né, sobre Direito, direitos do consumidor. Então, de repente, não vai haver nenhum professor que também seja bacharel em Direito pra oferecer essa disciplina. A escola tem a liberdade, neste caso específico, de contratar então, né, um advogado, um profissional com notório saber sobre esse assunto que será tratado no itinerário. 
[Música] 
Carol, eu não quero perder aquela, o fio da meada naquela pergunta que eu te fiz sobre o impacto no aluno, no professor e nos pais. A gente estava falando da principal mudança, aquela separação ali da grade, vamos voltar a pensar pela ótica do professor, no dia a dia, na preparação de material, até mesmo em termos até de prova, e acho que na mentalidade que o professor tem que ter daqui pra frente, quais são os principais impactos, olhando ali pra quem está lecionando? 
Olha, os professores que ministram as disciplinas da formação geral básica, né, Português, Matemática, Geografia, História, inclusive o Inglês, os itinerários, eles não impactam diretamente nas atividades e na condução das aulas dos professores da formação geral básica, tá, o que há é a mudança de carga horária, e isso, sim, impacta o professor, porque se antes ele tinha, digamos, 300 horas, né, para trabalhar o seu conteúdo, e com a mudança a escola determinou então que Geografia, por exemplo, ficará com apenas 100, esse professor vai ter que trabalhar o mesmo conteúdo que ele tinha antes em muito menos horas-aula. Então este é o impacto de fazer um planejamento que contemple os conteúdos dentro de uma carga horária diferente. Para o professor que ministra as disciplinas eletivas, aí as mudanças são bem grandes, né. Primeiro porque é o novo. Tudo que é novidade, que não há histórico, né, não há muito com quem conversar sobre, não há inclusive profissionais ainda que sejam especialistas em itinerários formativos, né, porque é uma coisa recente. A gente diz até que, assim, mesmo as pessoas que foram envolvidas, né, na escrita destes documentos, da Base, da portaria, eles também não têm todas as respostas, né, eles ainda estão observando como é que as escolas estão colocando isso em ação, para que, eventualmente, venham a fazer correções, ou ajustes manuais com orientações de como colocar isso em prática. Então, esse professor, por não ter esse histórico, ele está pilotando um programa, e muitas coisas vão sendo determinadas à medida que eles vão observando a reação dos alunos, né, o espaço e, enfim, a estrutura que a escola oferece para essas disciplinas. Então, a começar que não há regras muito rígidas em relação ao número de disciplinas a ser ofertada pela escola, a questão é que o aluno precisa ter escolha, então a escola não poderia oferecer toda a carga horária em uma única disciplina, senão ela não seria eletiva. Então começa por aí, a escola vai definir quantas eletivas vamos oferecer para contratar os profissionais, vai determinar a jornada, né, então, nesse momento, o que sabemos: há escolas que estão trabalhando com itinerários anuais, então, uma mesma disciplina, que o aluno escolhe no início do ano, e segue com ela até o fim do ano. E há escolas que tão trabalhando com itinerários semestrais, então o aluno faz a escolha no início do ano, trabalha nesta disciplina até as férias, né, até julho. 
Gabriel Falk: Primeiro semestre ali, aham.  
Carol Nyerges: O primeiro semestre, e no segundo semestre será ofertada outra rodada de itinerários, e os alunos farão nova escolha, e prosseguirão com esse estudo até o final do ano. 
Gabriel Falk: E uma curiosidade, isso é decisão e definição da escola, ela pode escolher tanto colocar uma eletiva anual quanto semestral? É critério da escola?  
Carol Nyerges: Sim, na rede particular, né, na rede privada de ensino, sim. Isso é uma decisão da escola. As escolas, na verdade, acabam tomando essa decisão baseada nos materiais didáticos que muitos fazem adesão, né, escolas que adotam materiais didáticos fizeram essa escolha, né, se o itinerário que eles vão usar já é anual. A escola também tem a liberdade de criar os seus próprios itinerários, mas é como eu falei, nesse momento há pouco histórico em relação a isso, então muitas escolas não se sentiram confortáveis, né, numa posição confortável para criar o seu próprio itinerário. Nas redes públicas, isso se torna um pouquinho diferente, né, porque muitas coisas são determinadas pela secretaria, né, estadual ou municipal de educação, então as escolas seguem essas orientações específicas, tá? O que eu sei, né, de escola com pessoas com as quais eu tenho conversado, é que as escolas estão optando por fazer semestrais, né, muitas delas, até como uma forma de experimentar, né, pra ver a reação do aluno, pra ver como é que funciona com o professor, pra ver se a quantidade de eletivas oferecidas está suficiente, ou se os alunos estão pendendo mais para uma das áreas do saber, então vale investir mais naquela área. Nesse momento como teste, né, há escolas fazendo coisas muito diferentes. A lei não determina isso, tá, se o itinerário deve ser anual, ou semestral, ou até numa outra configuração.  
Gabriel Falk: E, Carol, a gente usou o termo “itinerário”. E eu gostaria que você talvez entrasse um pouquinho mais no detalhe para esclarecer para os nossos ouvintes qual que é o significado dessa estrutura de itinerário que está entrando com o Novo Ensino Médio.  
Carol Nyerges: Os itinerários são disciplinas eletivas. O aluno então vai poder fazer a escolha, né, daquelas disciplinas que ele quer cursar, de acordo com a oferta da escola. A portaria diz que os itinerários, na verdade, eles são um conjunto de saberes organizados para atender os interesses dos estudantes, e de forma a promover o engajamento e um protagonismo maior do adolescente na faixa etária do Ensino Médio. O fato de se chamar itinerário é bastante significativo né, o que é um itinerário? Um itinerário é um roteiro, é uma rota, é um, vamos dizer, parece com um mapa, né, que nos guia por um caminho.  
Gabriel Falk: Já conecta, né, para um itinerário de viagem. 
Carol Nyerges: De viagem! 
Gabriel Falk: Vou do ponto A ao ponto B. 
Carol Nyerges: Exatamente isso, por quê? Porque a proposta é que seja algo muito mais parecido com um projeto, né, em que há uma discussão inicial, um problema, vamos dizer assim, né, uma questão importante para aquela comunidade, para aquela faixa etária, há um desenvolvimento desse problema, ou seja, buscas por soluções, e aí eu vou em busca também de conhecimentos que me ajudam a encontrar essa solução, e no final há uma conclusão, e essa conclusão pode ser apresentada de diversas formas, né. E isso é importante pensar, nessa trajetória, né, e nesse formato dessa disciplina. 
Gabriel Falk: Parece uma jornada até, né? 
Carol Nyerges: Essa jornada, porque, porque a proposta é que os itinerários não sejam aulas discursivas, aulas em que o professor vá estar à frente desta sala, passando uma série de conteúdos para que o aluno aprenda. Então, ela sai um pouco do formato que muitas vezes é usado lá na formação geral básica, né, em que o professor é o detentor dos conhecimentos, apesar de sabermos que existe uma tentativa muito grande, né, de instruir aí, de formar professores para que não trabalhem tanto com aulas expositivas, mas essa é a realidade que a gente sabe que está aí espalhada no nosso país. No itinerário, espera-se que o aluno assuma essa postura mais protagonista, e o que é essa postura protagonista? É ele se responsabilizar, também, pelo conhecimento. Eu não aprendo só aquilo que o meu professor propõe que eu aprenda, e nem só aquilo que o professor explica, eu também levo contribuições relevantes para sala de aula. Eu também posso fazer as etapas de pesquisa, eu também posso direcionar o caminho pelo qual vamos percorrer, eu também posso fazer intervenções, na sociedade, na comunidade em que eu vivo. Essa é a proposta, então é um trabalho mais cara de projeto que de uma disciplina, né, em que o professor vai ser o detentor dos conhecimentos. Aqui dentro dos itinerários ele deve assumir uma postura mais de mediador, ou seja, ele vai cutucar os estudantes, né, a partir daquele tema, e vai orientá-los por quais caminhos percorrer para encontrar respostas, ou para encontrar novas perguntas a respeito do assunto. 
Gabriel Falk: Sim. E, interessante o teu posicionamento, o que você acabou de colocar, porque essa nova modalidade, ela parece conseguir conectar com o aluno de uma forma diferente do que o ensino tradicional. Impressionante que enquanto você falava eu pensava “nossa, isso parece muito aquela discussão de soft skill e hard skill, né”, a hard skill aquilo que a gente aprende e está no livro, qualquer pessoa consegue pegar, ler e aprender. O soft skill é algo que precisa ser muito praticado, está muito atrelado ao hábito, até mesmo à personalidade. A gente fala muito como comunicação, né. Ler sobre comunicação, como ser um bom comunicador, ser empático, não é algo que simplesmente, em um ou dois capítulos de livro, você aprende a ser um bom comunicador, ou aprende a ser empático. É algo que você precisa colocar em prática, e eu acredito que essa mudança, ela cria o ambiente correto para que os alunos possam praticar mais isso, e não apenas começar a ter esse tipo de conexão, esse tipo de oportunidade, dentro de uma universidade, ou dentro de um primeiro emprego, dentro do primeiro estágio. Então é muito interessante essa antecipação de cenários, e de proporcionar um ambiente seguro e importante para o aluno praticar esses processos, né?  
Carol Nyerges: Sim, inclusive, a própria portaria tem palavras que são muito repetidas ali, inclusive entre elas está a própria prática, que você acaba de citar aqui, né. Ele [ela] diz que os itinerários precisam ser experiências, ou seja, quando eu penso em experiência, eu penso em algo mais prático, né, eu penso em algo relacionado a viver aquela situação e não tratá-la como um tema teórico. Não que não haja teoria por trás, né, dos itinerários, digo, durante as aulas eletivas dos itinerários. Não é isso, há teoria, porém essa teoria, ela tem que orientar o aluno para a prática, né, pra colocar isso em prática. Então o “como fazer” e de fato fazer. 
Gabriel Falk: E, Carol, pensando em toda essa parte prática, até o ano atual, até 2022, quando a gente está gravando esse episódio, os pais e os próprios alunos têm uma experiência diferente, eles têm uma experiência tradicional, ao qual eu e você tivemos contato. O que vai mudar principalmente agora na vida, na mentalidade e até mesmo no hábito dos pais e alunos que a partir de agora vão ter acesso a essa nova modalidade do Ensino Médio? 
Carol Nyerges: Olha, para os alunos, eu diria que as mudanças são bem grandes, né. E assim como falamos, né, a respeito dos professores, toda mudança, ela gera um certo desconforto, por não sabermos o que vem pela frente, diferente daquilo que já estávamos acostumados. Então é normal que os alunos recebam isso com uma certa insegurança, ou com certo desconforto. No entanto, o fato de os alunos poderem escolher, né, aí as disciplinas, eu acho que os deixa numa posição de se sentir, mesmo, mais ouvidos, né, mais respeitados, porque há um tempo atrás, né, assim, digamos antes dos itinerários os alunos não podiam, eles não podiam definir, né, assim, o que eu quero estudar? Então, muitas vezes quando o professor ia apresentar um conteúdo, surgia aquela pergunta, né, dos alunos: mas para que que eu aprendo isso? Para que isso serve? Eu não vou usar isso na minha vida. Então, de repente, um aluno que já tinha a intenção de seguir pela área de humanas, as disciplinas de exatas, para ele, muitas vezes, poxa, eu não vou usar matemática, por que é que eu tenho que continuar estudando isso? Isso sempre foi uma reclamação constante dos estudantes, né, não só do Ensino Médio, né, mas em especial do Ensino Médio, em que eles já estão um pouco mais maduros para essas discussões. Então o fato de poder escolher, né, de ter essa autonomia, que também é uma palavra que aparece demais, tanto na BNCC quanto na portaria, dá para os estudantes essa sensação de ser atendido, né, de que poxa, realmente eu vou estudar algo que eu quero, que faz sentido pra mim. E por que que faz sentido para ele? Pensando nessas escolhas que ele vai fazer, ou pelo curso que ele pretende seguir no Ensino Superior, ou pela profissão, ou até para fazer a definição disso, porque muitos alunos chegam no Ensino Médio sem saber o que eles querem seguir, né, como carreira, como profissão. E qual é a oportunidade que ele tem para descobrir isso? Nem todos os alunos têm acesso, né, a feiras de profissões, ou a informações, ou a conversas com profissionais de diversas áreas. Então, nesses itinerários formativos, ele também vai ter essa oportunidade de escolher disciplinas que possam dar para cada um desses estudantes uma visão, né? Olha, bem, eu vou tentar esse itinerário aqui, que é na área de gastronomia, por exemplo, porque eu estou na dúvida, talvez seja isso que eu queira fazer. E dentro desse itinerário, de repente, ou ele realmente se descobrir e falar não, realmente, eu gostei muito disso, essa disciplina me interessa, eu quero seguir por essa área, mas talvez não seja gastronomia, seja nutrição que eu quero; ou o contrário, né, ele dizer assim, poxa, vida, quando eu participei desse itinerário eu percebi que eu não tenho aptidões, ou que não é exatamente isso que me interessa, né. Então, essa oportunidade das eletivas vai ajudar os estudantes neste caminho. 
[Música] 
Gabriel Falk: Eu tenho uma curiosidade, porque a maneira como os alunos são, e eu vou colocar aspas bem grandes aqui, ouvinte, que é o “testado” ou “avaliado”, a gente está acostumado com prova, e por que que a gente está acostumado com prova? Porque quando chega o Ensino Médio, a gente tem o saudoso ENEM e o vestibular, algo que vai ser, ali, a porta de entrada, o teste final para um começo, que é a parte do Ensino Superior. E a pergunta é se a gente está mudando até um pouco, não só a parte programática do Ensino Médio mas muito da mentalidade, né, olhando mais para mercado de trabalho e profissionalização do aluno, como que isso pode, por exemplo, impactar provas de ENEM ou de vestibular?  
Carol Nyerges: Vamos por partes. Em relação à avaliação, você cita aí no início da sua pergunta, a educação já vem trabalhando há algum tempo para que essas avaliações tenham sempre um caráter formativo. O que é uma avaliação com caráter formativo? É aquela que não apenas classifica os estudantes, né, como, ah, este estudante é um estudante nota 10, este outro é um 7, este outro é um 5,5, mas aquela avaliação que indica caminhos para o aluno, e também para o professor, de como ele pode melhorar, ou como ele pode recuperar, ou como ele pode aprimorar conhecimentos, então ele identifica uma defasagem, ou identifica que o aluno realmente se apropriou do conhecimento, e, em cima deste resultado, eu vou buscar caminhos para melhorar, ou recuperar aquilo que eu não consegui, de repente, naquele bimestre. Dentro dos itinerários formativos, é muito importante que esta avaliação formativa, ela seja presente do início ao fim. Não faz muito sentido, né, avaliar este estudante, que vai passar por experiências, né, como a própria portaria diz, por práticas, por vivências, que ele seja avaliado por uma prova tradicional, seja ela objetiva, né, com questões de múltipla escolha, ou por questões objetivas [dissertativas]. Pelas orientações que a portaria traz, não está escrito, né, claramente, olha, a avaliação deve ser assim, no entanto é possível perceber que essa tem que ser uma avaliação da participação, do interesse, das pequenas entregas que o aluno vai fazendo, digo, em relação a pesquisas, em relação a construções, em relação até a avanços que esse aluno vai tendo em relação a discussão, né, puxa, aqui ele trouxe mais maturidade em relação a esse conhecimento, ele demonstrou que ele conseguiu estabelecer conexões, né, dentro dos assuntos. Então os professores que não estavam, né, de repente, acostumados com esta avaliação mais formativa, porque isso exige do professor, também, muito mais observação e anotação, né, então ele precisa registrar diariamente, aula a aula ali, o que que ele tá percebendo em cada aluno. E é essa avaliação que vai predominar. Isso não quer dizer que o professor não possa aplicar uma avaliação, ou propor um trabalho, uma entrega de um produto final. Isso é muito provável que vá acontecer nos itinerários. No entanto esta não pode ser a única forma de avaliar, né, não vai fazer muito sentido o aluno passar por toda essa experiência e depois ele ter que, na última aula ali, seja anual ou semestral, colocar por escrito tudo que ele aprendeu, né.  
Gabriel Falk: Claro, parece ser quase um retrocesso, né, a gente trabalha de uma maneira tão diferente, e chega no momento da avaliação a gente tem que voltar para o modelo anterior. Não faz muito sentido. 
Carol Nyerges: É, como eu falei, por ter uma característica de projeto, né, não é comum se avaliar projetos com avaliações somativas, né, estas que classificam como certo ou errado as respostas. Dentro do projeto, geralmente você tem ali uma apresentação final, e é isso né, é o todo, é o desenvolvimento, é o desenrolar deste projeto, mais a apresentação deste produto final, que vai compor aí a avaliação do aluno, tá. Neste momento, não existe na Base, e também na portaria, informações a respeito de aprovação ou reprovação dentro das disciplinas eletivas, tá. No entanto, ao olhar para os documentos, a gente imagina que o objetivo não seja, né, de promoção ou reprovação. O objetivo é oferecer ferramentas para este estudante, de formação pessoal, profissional, cidadã. Então é muito difícil eu avaliar uma formação completa como essa por meio de um instrumento como é a prova, tá. Então a prova pode ser também, mas não é a única e a principal.  
Gabriel Falk:  Perfeito. Uma pergunta que eu faço quase todo episódio é envolvendo o material didático, porque acho que o material didático, ele tem um desafio muito grande de acompanhar todas as mudanças que ocorrem dentro de sala de aula, precisam refletir até um pouco mais, não até só da forma da didática, mas pensando principalmente com uma visão mais inclusiva, o processo transformador que o material didático tem, não apenas pensando em representatividade, mas também no conteúdo em si que tá sendo apresentado. Tudo que a gente ouviu aqui, você falar sobre o Novo Ensino Médio me parece ser uma mudança brusca do como que a gente consome e aprende materiais, e ainda considerando materiais mais tradicionais, a famosa apostila, ali, os cadernos, falando sobre todos aqueles assuntos, e comentando, agora, sobre a influência ferramental que o Novo Ensino Médio pode ter dentro do dia a dia do aluno. E a pergunta que fica é: qual que é o impacto do Novo Ensino Médio, considerando a estrutura dos materiais didáticos que os professores estão acostumados a usar, e os alunos acostumados a consumir? Qual o desafio agora para os materiais didáticos? 
Carol Nyerges: Confesso que essa é uma grande dúvida, né, de muitas editoras ainda, né, apesar, como já falamos aqui, de a publicação das leis ter ocorrido em 2018, houve uma espera paro início da elaboração desses materiais. Não foi de imediato que as editoras começaram a escrever, lá em 2018 ainda, e o motivo é o mesmo pelo qual as escolas não começaram a implantar o sistema em 2019. Era novo, não tínhamos informações suficientes, né, de como deveria ser, então ficamos aguardando, aí, mais orientações do MEC. O MEC publicou alguns documentos pra ajudar na implantação da Base e também dos itinerários, clarificou algumas informações, no entanto outras permaneceram como interrogações. O que se sabe: dada essa característica, né, de ser algo novo, as editoras estão testando materiais. Ninguém tem ainda um material que se diga, olha, é assim que todo itinerário deve ser. Este material não existe, até porque as escolas também podem criar os seus próprios materiais, elas não precisam obrigatoriamente adotar materiais elaborados por editoras. É claro que muitas fazem essa opção, até porque também estão perdidas nesse processo de implantação. 
Gabriel Falk: Muito novo, né?  
Carol Nyerges: É muito novo. Então as editoras começaram a pensar em formatos. Existem editoras que estão trabalhando com materiais impressos, que têm um formato parecido com um livro didático, mas considerando essa característica da carga horária, de ser um material eletivo, ou seja, não sei o número de alunos que eu vou ter nessa sala, né, é uma turma grande? É uma turma pequena? Não sabemos. E elaborar, às vezes, um material para um público que você não conhece, e aí eu digo, conhecemos os estudantes, né, a faixa etária, sabemos quem eles são. Mas não sabemos se estamos trabalhando com um grupo grande, ou com um grupo pequeno, com um professor de notório saber ou com um professor que tem a formação de professor, ou seja, não sabemos exatamente, né, quem é que vai receber esse material, isso é um desafio, né. Porque alguém que já é da educação entende algumas coisas né, já vivenciou algumas coisas que uma pessoa de notório saber talvez não tenha, né, esse conhecimento. Então não se pode falar tão pedagógico assim, mas também não se pode deixar de falar do pedagógico.  
Gabriel Falk: Mas esse momento que a gente está conversando sobre esse assunto, Carol, ele é até interessante, porque, por ser muito no começo, uma coisa muito clara da tua fala é que a gente vai estar numa fase um pouco de testes.  
Carol Nyerges: Sem dúvida. 
Gabriel Falk: Tanto do que funciona, de material didático, do que vai ser apresentado em sala de aula, se a modalidade vai ser semestral ou se vai ser anual, acho que a gente ainda tem um caminho muito grande para percorrer, né?  
Carol Nyerges: Inclusive, não sabemos se essas disciplinas, porque a portaria inclusive diz, né, que a modalidade pode ser definida pela escola. Modalidade, entenda-se, se ela é presencial, ou se ela é a distância. Existe, sim, né, uma obrigatoriedade de que algumas sejam presenciais, mas há a possibilidade de ofertar disciplinas a distância. Então, veja que são vários elementos, né, ali, de coisas, ah, pode ser assim, mas também pode ser assim, que deixam o trabalho do editorial um pouco mais complexo, né, como é que vamos dar conta de atender todas essas possibilidades. Então as editoras lançaram, aí, né, ofertaram um material, para ver também como é que as escolas recebem esse material, o que funciona, o que não funciona, o que precisa ser adaptado, o que precisa ser melhorado, ou o que precisa ser de fato, não, não, este modelo não está indo bem, vamos passar para um outro modelo. Então é possível que, sim, ao longo dos próximos anos, haja modificações, né, no formato inicial que está sendo ofertado, tanto no material didático como também as próprias escolas podem fazer decisões, né, ah, vínhamos oferecendo essa disciplina num formato presencial, no entanto vamos passar para o formato EaD, ou vamos pensar num formato híbrido. É como eu disse, né, tudo que é novo, e que não tem histórico, né, de como já foi feito, do que deu certo, do que deu errado, é por tentativa e erro também. Apesar de não ser a melhor forma, né, de ficar testando coisas assim com os alunos, mas nesse primeiro momento é isso que está acontecendo, né, as escolas estão assim, com consciência, fazendo suas escolhas, mas elas sabem que elas podem precisar de ajustes para o próximo semestre, ou para o próximo ano.  
Gabriel Falk: Mas isso eu acho que vai seguir, aí, a carreira das escolas daqui para frente, e é o momento ideal. Se existe um momento para fazer isso, acredito que o melhor momento para se testar e validar o melhor formato é esse, e tem que testar, não adianta. Até a gente fala em outros episódios, do próprio Evo, o professor ele precisa montar um conteúdo olhando para quem que é o seu público. Ele precisa levar isso em consideração e a escola também, então é um momento interessante, de você até mesmo entender para quem você está montando esse conteúdo e ver se ele faz sentido, naquele momento e nos objetivos dos alunos. Carol, e pensando no ENEM, qual que é o impacto do Novo Ensino Médio com a famosa prova do ENEM?  
Carol Nyerges: Bem, recentemente o MEC e o Conselho Nacional de Educação definiram algumas coisas importantes, né, para esse aluno que está iniciando o Ensino Médio agora, em 2022, e que, portanto, vai participar do Exame Nacional do Ensino Médio em 2024. O que é que foi definido? Que a prova, então, será modificada. Ela continuará sendo em dois dias, né, no primeiro dia o estudante vai fazer questões, responder questões objetivas, interdisciplinares, e vai fazer a redação. Isso é uma mudança, né, porque as questões são interdisciplinares, não mais Português, Matemática, Geografia e História, e elas são sobre a formação, são perguntas que não necessariamente são só sobre o Ensino Médio, mas, sim, sobre toda A Educação Básica. E é possível que haja também perguntas de conhecimentos gerais nesse primeiro dia de provas. O ENEM já tinha uma certa característica de ser um pouco interdisciplinar, mas agora ele vem com mais força, né, com essa questão, e aí é que está a mudança maior, eu digo. No segundo dia, o estudante vai ser obrigado a escolher a área de conhecimento, então, o que se espera é que, se ele escolheu nas disciplinas eletivas, né, dos itinerários formativos, a área de humanas, que ele vai escolher, então, também, para fazer o segundo dia de ENEM, as humanas. E aí ele vai responder a questões discursivas, de acordo com esses conteúdos, né, que provavelmente estavam ali nos itinerários, e essa escolha deve contemplar também o curso para o qual ele pretende se candidatar no Ensino Superior. Então se ele vai fazer um curso na área de humanas, ele vai responder, no segundo dia, a questões relacionadas à área de humanas. E questões discursivas, acho que essa é uma mudança bastante significativa para os estudantes.  
Gabriel Falk: Importante de ser, né, avaliada e praticada, principalmente pensando na prática, a parte discursiva é algo que nos acompanha para o resto da nossa vida, então é importante realmente colocar isso em prática.  
[Música] 
Gabriel Falk: Carol, olha, esse papo está incrível, mas a gente precisa encaminhar para o final do episódio, e eu sempre gosto de perguntar se o nosso ouvinte está muito curioso, gostou do que ouviu e ele quer se aprofundar mais sobre o Novo Ensino Médio, sobre as mudanças, o que você recomenda, qual o conteúdo, onde que o nosso ouvinte pode aprender um pouco mais sobre o Novo Ensino Médio? 
Carol Nyerges: Falando aí com os professores, né, porque com os alunos, geralmente, os estudantes conhecem as mudanças na prática, né, o professor é que busca conhecimentos por meio de leituras, né. Eu acho que podemos sugerir aqui três sites, nos quais ele pode buscar informações confiáveis. O primeiro é o site da Base, mesmo, que é basenacionalcomum.mec.gov.br; ali, além de poder baixar o PDF com a Base, há várias outras informações, como o histórico, né, de onde vem essa nova Base. Outro site que eu sugiro é o movimentopelabase.org.br, aí há várias discussões, né, sobre como implementar a Base. Na verdade, se buscarmos o início do site, ele chama-se Movimento pela Base porque foi quando as pessoas começaram a se movimentar para a criação desse documento, né, e ele seguiu por aí, agora, com a implementação do documento. E outro site que os professores talvez gostem de conhecer é o avamec.mec.gov.br, esse site oferece formações para os professores, são cursos gratuitos, que oferecem certificado, nas áreas específicas, e que podem contribuir bastante para que os professores entendam melhor não só o novo ensino médio mas também a questão dos itinerários e das áreas específicas. Então esse é um site que eu fortemente recomendo. Esses sites que eu acabei de citar, nós vamos deixar na descrição, então, desse podcast, juntamente com outros documentos e sites que vocês podem buscar para entender um pouco mais sobre esse assunto.  
Gabriel Falk: Excelente, Carol. Então, independente se o pessoal está ouvindo no Spotify, ou qual que é o agregador de podcasts que eles estão ouvindo a gente, eles podem olhar na descrição e vão verificar todos os links que a gente acabou de citar. Carol, queria agradecer pelo teu tempo e por compartilhar um pouquinho sobre as principais mudanças do Novo Ensino Médio comigo e com os nossos ouvintes. Em nome aqui do Evolution a gente agradece a sua participação.  
Carol Nyerges: Eu que agradeço o convite, e espero que de alguma maneira tenha contribuído para que essas informações fiquem um pouco mais claras para os professores. E desejar, tanto [a] alunos, professores e famílias, que esse novo formato do Ensino Médio realmente contribua para uma formação mais cidadã e de acordo com os interesses dos nossos estudantes, porque nessa fase do Ensino Médio é disso que eles precisam, né, se preparar aí para a vida profissional e acadêmica que vem pela frente.  
[Música] 
Gabriel Falk: Se você gostou desse episódio, segue a gente no Spotify, Apple Podcast ou na sua plataforma de streaming preferida. Afinal de contas, o Evolution Teacher Talks está disponível em todas elas, e nós temos episódios novos a cada duas semanas. Eu quero te convidar também para seguir a gente lá no Instagram, através do @FTDEducacao, e conhecer os conteúdos extras no site portalconteudoaberto.com.br. Ah, e não esquece de compartilhar com colegas de trabalho, família e amigos para conhecerem esse projeto incrível da FTD Educação. Eu te encontro no próximo episódio, e até a próxima, pessoal! 
[Música] 

Ficha técnica   
Apresentação: Gabriel Falk  
Produção: Nathália Xavier Thomaz  
Roteiro: Gabriel Falk  
Pauta: Nathalia Xavier Thomaz, Isabel Lacombe  
Convidada: Carol Nyerges  
Realização: FTD Educação  
Edição: Maremoto 

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