Você já parou para pensar sobre o bem que é capaz de fazer com o seu dinheiro?
Por exemplo, se levar em consideração que ao comprar uma fruta no supermercado, você ajuda a pagar o salário dos funcionários, remunera o empreendedor dono do estabelecimento, as pessoas que transportaram a fruta do campo até a cidade, as pessoas que trabalham no campo irrigando, semeando, tratando e fazendo a colheita, perceberá que suas decisões financeiras, por mais simples que sejam, causam muitos impactos. Quantos empregos você gera? Quantas pessoas você ajuda, direta e/ou indiretamente?
Quando comecei a perceber de forma mais ampla os impactos que eu causava ao usar meu dinheiro, passei a ser mais criteriosa nas minhas decisões. Fui conversando com mais pessoas, disseminando ideias, ouvindo percepções e ajudando na mudança dos comportamentos financeiros. Minha motivação é crescente pois percebo que é possível agir e contribuir para uma sociedade mais justa e melhor.
Muitas pessoas colocam a culpa dos problemas sociais e ambientais que vivemos no dinheiro, mas enxergo que o problema está nos comportamentos. Ao lado do Léo, meu marido e parceiro de negócios e propósitos, já se foram mais de 20 anos nessa trajetória de educação financeira comportamental. Em 2013 passamos a “plantar essas sementes” nas escolas, para fazer mais pessoas usar o dinheiro para o bem. Os pequenos hábitos do dia a dia, de cada um, são muito importantes. E são com eles que vamos construindo melhorias, ao vivenciar experiências, buscar soluções, refletir e discutir com o grupo.
Cada comunidade, cada família, cada pessoa tem uma realidade que precisa ser levada em consideração, existem muitas possibilidades de escolha e formas diferentes de levar a vida. Não precisamos ser vítimas e nem escravos do dinheiro, não precisamos ter a vida igual a do vizinho ou das pessoas que vemos na TV ou nas redes sociais.
Convido você a listar quais são as coisas mais valiosas para você, o que gostaria de priorizar e avalie se está colocando o dinheiro para realizar essas coisas. Verifique, também, se seus hábitos de consumo estão alinhados ao que valoriza. Por exemplo, se valoriza a preservação ambiental
- reduza a quantidade de lixo que descarta escolhendo produtos que trazem embalagens recicláveis e em menor quantidade. Geralmente, existem opções com proporção maior de quantidade de produto e menor quantidade de embalagem.
- avalie se o conteúdo e embalagem são biodegradáveis e o tempo que levará para ser degradado.
- separe o lixo em casa, pelo menos em reciclável (saco azul ou verde) e não reciclável (saco preto), pois isso já facilitará a reciclagem.
O dinheiro, quando usado de forma estratégica e para o BEM – o seu bem, o bem da sua família e o bem de toda a sociedade – beneficia muita gente. Já são mais de 100.000 pessoas impactadas, venha conosco participar desta transformAÇÃO!
Carolina Ligocki
Carolina Ligocki, autora e diretora da Oficina das Finanças. Nasceu em 1974. É bióloga, mãe, esposa, filha, irmã, amiga, autora e empresária. Atua, juntamente com o marido, Leonardo Silva, desde 1999, no desenvolvimento do método dos 6Gs, que estimula comportamentos financeiros sustentáveis, na Oficina das Finanças. Uma de suas paixões é impactar positivamente a vida das pessoas com conteúdos e estratégias inovadoras a respeito desse assunto. É autora de mais de doze livros de educação financeira comportamental para crianças, jovens e adultos, e que já atingem mais 100.000 pessoas em todo o Brasil.