Conheça as primeiras providências tomadas por D. João assim que chegou à cidade maravilhosa.

D. João VI
e a Cidade
Maravilhosa

No início do século XIX, a população do Rio de Janeiro era de aproximadamente 50 mil habitantes.

A cidade não possuía saneamento e as habitações eram precárias.

A chegada da família real produziu uma revolução na cidade do Rio de Janeiro. Era necessário eliminar os aspectos coloniais e transformar a cidade em sede para a monarquia.

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Vista da cidade do Rio de Janeiro a partir do mosteiro de São Bento, de Jean-Baptiste Debret, século XIX. Litogravura colorizada. Fundação Biblioteca Nacional, RJ

Em 1808, quando o Rio de Janeiro se tornou a sede da monarquia portuguesa, desembarcaram na cidade, além da família real, ministros, conselheiros, juízes, funcionários reais e membros do exército, da marinha e do alto clero.   Foram trazidos também os documentos do governo, o tesouro real, um acervo de arte e várias bibliotecas.

A chegada da família real portuguesa

Embarque de D. João VI para o Brasil. Anônimo. Óleo sobre

tela. Ministério das Relações Exteriores, RJ.

Largo do Paço

Em pouco tempo, a cidade passou por um intenso processo de modernização e urbanização. Os pântanos foram aterrados, novas ruas 

foram abertas e chafarizes foram construídos. Nas residências, as treliças de madeira foram substituídas por vidraças.  

Vista do Largo do Palácio do Rio de Janeiro, de

Jean-Baptiste Debret, século XIX. Litografia colorida. Coleção particular.

O rei dedicou especial atenção à criação de instituições culturais, como, por exemplo, a Biblioteca Real, que mais tarde, após a Independência, se tornou a Biblioteca Nacional.

Biblioteca Nacional

Fachada da Biblioteca Nacional em foto de 2010.

Halleypo/Wikipédia CC3.0

O rei ordenou, também, a criação do Museu Real, para o desenvolvimento da ciência em território brasileiro. O primeiro edifício construído especialmente para abrigar esse museu localizava-se no Campo Santana, no centro da cidade do Rio de Janeiro. Após a Independência, passou a ser conhecido como Museu Nacional. Com a instituição da República, foi transferido para o Paço de São Cristóvão, antiga moradia da Família real. Em 2018, um incêndio de grandes dimensões destruiu a edificação e grande parte do acervo.

Campo de Santana

Campo de Santana, no Centro do Rio de Janeiro, 1818, litogravura colorida de Franz Josef Frühbeck.

Wikidata Q18508187

Casa França-Brasil

Em 1816, a Missão artística francesa chegou ao Brasil. Entre os artistas que a formavam, destacam-se os pintores Nicolas-Antoine Taunay e Jean-Baptiste Debret e o arquiteto Grandjean de Montigny, responsável pela construção da Casa França-Brasil, a primeira edificação de estilo neoclássico erguida no Brasil.

Fundação Casa França-Brasil, foto de 2018.

Gabrielblm/Wikipédia CC4.0I