Este é também o fóssil humano mais famoso do Brasil.

Tem e foi encontrado na região de Lagoa Santa, atual estado de Minas Gerais.

O fóssil passou a ser popularmente conhecido em 1998, quando os cientistas revelaram sua suposta fisionomia.

Ela tinha aproximadamente 20 anos, media 1,50 metro de altura e a morfologia de seu crânio era muito semelhante à atual morfologia dos africanos e aborígenes australianos. Porém, embora os cientistas tenham conseguido definir a fisionomia de Luzia, ainda não conseguiram identificar qual teria sido a cor de sua pele.

Os cientistas acreditam que, muito provavelmente, Luzia tenha morrido em decorrência da queda de uma árvore ou do ataque de algum animal.

Luzia e seus familiares eram , que perambulavam de um lugar ao outro em busca de alimentos e de abrigo.

Eles se alimentavam, principalmente, de frutos, sementes, raízes e folhas que colhiam na região. Mas, às vezes, alimentavam-se da carne de algum animal que caçavam ou que encontravam morto.

Os cientistas acreditam que os contemporâneos de Luzia não enterravam seus mortos. Muito provavelmente, após a morte de Luzia, seu corpo foi deixado num canto qualquer da caverna na qual se abrigava.

Não possuindo uma residência fixa, Luzia e seu povo vagueavam por uma vasta região, nos arredores do atual aeroporto de Confins, próximo da cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais.

A gruta na qual o fóssil de Luzia foi encontrado se chama Os estudos arqueológicos indicam que essa caverna foi bastante ocupada tanto pelo povo de Luzia quanto por grupos humanos que viveram em períodos posteriores.

Nem sempre os arqueólogos encontram todos os ossos de um esqueleto pré-histórico.

De Luzia foram encontrados apenas alguns ossos: o crânio, pedaços da pélvis, uma parte do cúbito esquerdo, um pedaço do fêmur direito e a tíbia esquerda.

A maior parte das informações atuais que conhecemos sobre Luzia foram deduzidas com base no crânio.

No dia 2 de setembro de 2018, um incêndio de grandes proporções atingiu o prédio do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, onde se encontrava o fóssil Luzia. Além da arquitetura histórica, o incêndio destruiu também boa parte do acervo.

Contudo, 80% do crânio de Luzia foi encontrado. Os vestígios passarão por um processo de restauro, e o crânio será reconstituído.

O governo alemão concedeu uma doação de 4,5 milhões de reais para o Museu Nacional a ser usada na escavação dos escombros após o incêndio e no restauro do crânio de Luzia.