Há milhares de anos, os seres humanos perceberam que algumas manifestações da natureza eram cíclicas. Em determinado momento, sentiram a necessidade de entender esses fenômenos, por isso desenvolveram instrumentos que contribuíram para a verificação e a medição da passagem do tempo.
Com base no nascer e no pôr do sol, eles identificaram a duração de um dia, e observando as fases da Lua, perceberam que seu ciclo durava 29 dias. Assim passaram a reconhecer os melhores períodos para cultivar a terra, colher os frutos ou mesmo caçar.
Que tal conhecer um pouco mais a história do tempo humano?
Os primeiros calendários lunares que temos conhecimento foram gravados em ossos, há mais de 30 000 anos.
Grupos humanos, em diferentes partes do mundo, construíram círculos de pedra para calcular fenômenos sazonais, tais como os solstícios e os equinócios.
No século XIX, os historiadores decidiram empregar métodos científicos para dividir a História. Como os primeiros registros escritos surgiram por volta de 4 000 antes do nascimento de Cristo (a.C.), considerou-se que a História nasceria com os primeiros escritos.
Os egípcios foram excelentes astrônomos. Eles desenvolveram um calendário solar dividido em 12 meses de 30 dias, acrescidos de 5 dias a cada ano.
O relógio de água, conhecido como clepsidra, foi desenvolvido pelos gregos em substituição ao relógio de sol, que não funcionava em ambientes fechados. A clepsidra era usada nos tribunais para cronometrar os discursos.
A cronologia usada atualmente em todo o mundo é a cristã, inclusive nos países em que a maioria da população não é majoritariamente cristã.
Assim, todos os acontecimentos ocorridos antes do nascimento de Cristo são identificados com a sigla a.C. Sendo facultativo o uso da sigla d.C. para os acontecimentos ocorridos depois do seu nascimento.
Começa com a criação da escrita e termina com a conquista do Império Romano pelos povos germânicos.
A ampulheta é um aperfeiçoamento da clepsidra e foi amplamente utilizada durante a Idade Média, pois era o instrumento mais preciso de contagem do tempo conhecido até então.
Durante a Idade Média, os sinos das igrejas funcionavam como relógios comunitários, indicando a passagem das horas e os horários das atividades eclesiásticas.
Começa com a conquista do Império Romano pelos germânicos e termina com a ocupação de Constantinopla pelos turcos otomanos.
A partir do século XVII, os relógios de pêndulo e mola tornaram-se populares e passaram a fazer parte da decoração doméstica da classe mais abastada.
Embora populares, os relógios de pêndulo não funcionavam no mar. Então, no início do século XVIII, o Parlamento britânico ofereceu um prêmio em dinheiro para quem desenvolvesse um relógio de navegação preciso. A nova tecnologia contribuiu bastante com a expansão marítima no período.
Começa com a ocupação de Constantinopla e termina com o início da Revolução Francesa.
A industrialização do século XIX estabeleceu um intenso controle sobre a organização e otimização do trabalho. Era preciso controlar o tempo de produção das mercadorias.
Nos dias atuais, o controle do tempo está em todos os lugares, sendo monitorado de modo individual ou coletivo.
Começa com a Revolução Francesa e se estende aos dias atuais.